Tem um ano que parti
Sem dores
Sem rancores
Alguns temores
E parti.
Saiu o mar, entrou o rio
Saiu o quartinho e veio o quintal
Tudo novo, outro povo
E sem batuque, sem carnaval
Há um ano eu cheguei
E 7 vezes me apaixonei
E tinha esse jeito
Um colo e um peito
E nele deitei.
É sua vez de partir, meu amigo. Vai.
Vai, não apenas por ser necessário, mas por ser caminho. Muda a paisagem mas não muda a essência. O que é importante você leva no coração. Os seus, o samba, o mengo e o dengo estarão sempre contigo. E seu coração é grande o suficiente para novos dengos que eu sei. Vai que vai ser lindo. Vai que você está tinindo e é assim que o olhar brilha.
‘Não tô dando nem vendendo como o ditado diz’. Você não precisa do meu conselho, eu sei, ‘o meu conselho é pra lhe ver feliz’. Cantou o cantor. Quero lhe ver feliz e, com sorte, ‘que você me queira’. Cantou a cantora. Eu fico com o querer de novo o seu abraço, seu beijo suave e suas mãos nas minhas costas naqueles momentos quando você está à vontade. E suas mãos nos meus cabelos, naqueles raros momentos em que você está mesmo à vontade. Quando o tempo for generoso, o espaço entre nós sumirá.
Vai, e abraça tudo. Sente. Come. Bebe. Permite e permita-se. Vai. Você vai tirar de letra. Depois me conta.
De leve, um até breve.
Conto com isso.
Conta comigo.