E ainda não tenho cortinas. Janelas grandes, e a iluminação exterior que enche de amarelo o quarto recém habitado. Soubesse eu fazer poesia, faria. Não sabendo, pedi. E A.B. atendeu. Compreendendo, como sempre, mais do que eu mesma.
Cortinas de Lumiére
Se saudade fosse
sólida como parede
a luz do mundo, lá fora
usaria tal tela
pra contar uma estória
De uma nova chance
Da liberdade
De um canto só seu
De uma música que só você dança