Não estou vivenciando ou presenciando in loco o caos na cidade do Rio de Janeiro. Comentei no último post que estou a 200 quilômetros de distância. Mas isso não diminui o aperto no meu coração. Eu juro que o lugar onde eu mais queria estar agora era lá. No meio do turbilhão, mas perto da minha família e amigos. É um dos sentimentos mais angustiantes que me lembro ter sentido na vida. Total impotência. E um tanto de revolta. Tenho ciência de que o volume de água foi absurdamente maior do que o natural. Mas me revolta ter que encarar o fato que temos que viver cada tragédia como se fosse a primeira vez. Me revolta ver que mudam os governantes e nenhum deles nunca nos dará a mínima infra-estrutura para que a gente tenha alguma chance nessa frequente luta contra o imprevisto. Me revolta ver que o povo continua jogando lixo na rua e destruindo encostas mesmo sabendo que isso nos condena todos ao caos notório das últimas 30 horas. Me revolta – e muito me entristece -estar longe de quem amo e me sentir impotente.
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