“Bom dia. Meu nome é Cláudia e eu sou Googledependente.”
Nunca escondi de ninguém que para mim, um dia, o Google ainda vai dominar o mundo. Além da ferramenta de busca e do orkut, eu ainda uso o iGoogle, o picasa, o blogger, o talk, o youtube, o earth, o docs e o maps. Ainda não tenho o G1, mas isso é questão de tempo. Se um dia a Google acabar com seus produtos ou serviços, além de vários inconvenientes, é capaz de provocar a perda da minha identidade ou mesmo uma crise de generalisada de personalidade. Errr, bom, navegando no Gizmodo, deparei-me com um usuário que fazia a divulgação do http://www.googlenight.com/ http://www.eco4planet.com/pt/ e obviamente fui verificar do que se tratava. A única coisa que não ficou muito clara para mim se é um layout alternativo do próprio Google. Mas vá lá. A idéia é que a tela preta, além de um visual mais simples e rápido, faz com que o monitor gaste 20% menos energia para exibí-la do que a tradicional tela branca.
O “sistema Google Pesquisas Personalizadas” está lá e funciona tal qual o original. O plus a mais é a intenção de demontrar que pequenas ações diárias podem gerar economia de energia, resultando em menores gastos e outros benefícios. Até o fato em si de visualizar a tela preta faria com que o usuário se lembrasse de economizar energia constantemente em seu cotidiano. Como o próprio site explica, “economizar energia é uma forma de ajudar o planeta uma vez que para geração de eletrícidade incorre-se no alagamento de grandes áreas (hidrelétricas), poluição do ar com queima de combustíveis (termoelétricas), produção de lixo atômico (usinas nucleares), dentre outros problemas ambientais”. Ainda segundo site, uma versão preta do Google economizaria em torno de 750 Megawatt (estimando a sua utilização mundial), energia suficiente para atender 600 mil domicílios.
No jornal O Globo de hoje, o colunista Anselmo Gois noticia que o Ministro Carlos Minc do Meio Ambiente estuda a redução de 3 metros na altura do reservatório de água da Usina de Balbina, no Amazonas. Tal medida reduziria a capacidade de geração de energia em parcos 8 MW de energia elétrica e devolveria 575 Km² de área fértil para agricultura ou reflorestamento. Apesar de ser considerada por muitos o maior desastre ambiental da história do Brasil, a usina de Balbina produz apenas 250 MW.
Ou seja, em tempos tais que nenhuma decisão tem consequências isoladas, a sugestão de começar a economizar energia na telinha do nosso PC não é assim nenhum delírio escabroso, não é mesmo?