Divertidíssimo o post da cabecinha mais criativa da blogsfera:
– Alô, Charlie Brown?
– Olá, Isaura. Como vai, minha irmã?
– Nada bem, nada bem… não aguento mais o Linus…
– Os problemas continuam, é?
– Po, nunca consigo ir prá cama sozinha com ele! Somos sempre ele, eu e aquele maldito e imundo cobertor! Uma vez eu escondi aquela bosta e ele ficou sem dar no couro até eu devolver…ai, acho que esse casamento não sai nunca…
– Sorte sua.
– E você, meu irmão? como vão as coisas com a Lucy?
– Iguais. Ela sai, não diz onde vai, nem com quem. Desde que nos casamos é assim. Na verdade era assim antes de nos casarmos. Ela diz que passa o dia inteiro naquele divã, dando consulta.
– A-ham… ‘dando consulta’, sei…
– Mas eu acho que ela arrumou um outro trabalho… ela não me disse, mas eu já saquei.
– É? Onde?
– Numa barbearia.
– Barbearia? como você sabe?
– Ah, ele chega todo dia com dinheiro no bolso, cheirando a loção pós-barba e cheia de pelinhos na roupa.
– Ai, Charlie Brown…
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– Você é um imprestável, Chalie Brown.
– Qual foi o problema agora, Lucy?
– Você, Charlie Brown, meu problema é você. Sempre foi.
– Está comigo porque quer.
– Não! Estou com você por falta de opção! Pior! Por ter feito a opção errada. Era você, o Chiqueirinho ou o Schroeder.
– Porque não casou com o Chiqueirinho?
– Pois devia! Se eu pelo menos soubesse que ele ia ganhar milhões processando o Cascão por plágio, sim, eu teria ficado com ele! Mas eu ainda não tenho bola de cristal.
– Não sei porque você não se casou com o Schroeder, então.
– Eu só não me casei com ele porque o pobre teve a infelicidade de inventar o tal Kama Sutra Clássico, e prendeu o bingolim na tampa do piano. De pianista virou castrato.
– Eu também poderia ter me casado com outra pessoa, tá?
– Ah, tá, quem?
– Ah… a Patty Pimentinha…
– Prá começo de conversa ela gosta do que você gosta. Ela tem uma mulher que chama ela de “Senhor”.
– Como assim? Ela foi a primeira mulher com quem eu…
– Ah! Então tá explicado porque ela te chama de “Minduim”
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– Charlie Brown, que malas são essas?
– Estou te deixando, Lucy.
– Você quer apanhar, seu inútil? Como assim me deixar?
– Estou indo embora. Ponto. Está na hora de fazer alguma coisa por mim nessa vida.
– Charlie Brown… Charlie Brown volte já aqui! eu ainda não terminei com você! Sou EU que deixo você no vácuo! Sou EU quem tira a bola quando você vai chutar! Não me deixe falando sozinha ou você vai se arrepender!
– Adeus, Lucy. Diga ao Snoopy que eu sentirei falta dele.
– Charlie Brown, eu já disse que o Snoopy era um Beagle nor-mal! Ele já morreu faz 15 anos!
– Ele era meu amigo!
– Não, sua besta! Ele era um cachorro! Ou você acha normal um cão voar em cima da casinha, falar com passarinhos amarelos e datilografar cartas ?
– Mas eu me lembro…
– Eu também, seu otário. Mas isso parou quando as nossas mães descobriram que a gente chupava uns cogumelos estranhos naquele campo de baseball.
– Bem, não interessa. Estou indo embora de vez. Vou morar com outra mulher.
– Como assim outra mulher? Que mulher é essa?
– A Garotinha Ruiva.
– Garotinha Ruiva???? Essa vadia sumiu há vinte anos, como é que você achou essa mocréia?
– Orkut, Lucy, orkut.
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