Sobre a virada do ano, pouquíssimo a falar. 2005 acabou. Ficaram poucas certezas. Uma delas: não quero fazer retrospectivas. Apenas digo que foi um ano diferente. Muito diferente. Coisas do tipo, “comigo não rola”, rolaram. Algumas foram ótimas. Outras nem tanto. Reservo-me o direito de ser vaga. Mas digo sim que algumas convicções ficaram para trás enquanto outras se fortaleceram. Foi um ano de mais uma mudança drástica. Talvez ligada à mudança também drástica que aconteceu no ano anterior, talvez não. Objetivamente, essa agora foi profissional; subjetivamente, digamos que ela foi um tanto, hum, “ambiental”. Taurina que sou, mudanças drásticas seguidas assim mexeram um bocado comigo. “Um bocado” é ser econômica demais: mexeram muito mesmo. Graças a algumas pessoas muito especiais e – também como em 2005 – a outros tantos reencontros, eu realmente consegui lidar razoavelmente com a situação.
O reveillon em si também foi diferente. Muito diferente. Eu estava entre as quase mil pessoas lesadas com o embargo da festa no Sport-Gool da Barra. Alguns amigos próximos presenciaram o meu sofrimento nas últimas semanas em meio ao excesso de trabalho e à tortura de ter que escolher como passar o reveillon. Alguns pouquíssimos perceberam também que ficar em casa vendo DVD era uma fortíssima possibilidade. Bom, na última hora algumas amigas decidiram-se por esta festa basicamente utilizando o critério praticidade: era a única que aceitava cartão de crédito. O fato é que as respectivas senhoras doutoras promotora e juíza fulana e ciclana acordaram no dia 31 de dezembro e se lembraram que a festa – divulgada desde meados de novembro – seria fonte de poluição sonora e, em nome do meio ambiente resolveram cancelar o evento. Paciência. Doutora é doutora. Nada decidido até 23:10 na porta do tal clube e corremos, ou melhor voamos, para Copacabana sem nos deixarmos abater. Chegamos no Posto 6 pouco antes de 23:45 e, em vez de Möet Chandon e Buffet Liberado, viramos o ano com Sidra (quase gelada), churrasquinho, pizza e milho cozido. Mas estávamos juntas e rindo de nós mesmas o tempo todo. A chuva chegou a uma da manhã. Refrescante, abençoada. Se para começar ter sorte no ano novo é necessário algum contratempo na virada, estamos com crédito até 2010.
Como meu tradicional otimismo está meio abalado ultimamente e a confusão da hora virada acabou cerceando um pouco o ritual de passagem que todos os anos me enche de alegria e disposição, venho agora não apenas desejar um Feliz e Maravilhoso 2006, mas pedir que cada um de nós façamos com que os próximos trezentos e tantos dias por vir sejam o melhores de nossas vidas. Um dia de cada vez. Cada dia em si só, por si só. Que façamos destes dias, dias intensos, produtivos, alegres, fraternos, solidários, plenos de tudo o que nos faz bem, família, amizade, amor, saúde, carinho, música, harmonia, perdão, mágica, sim, obrigada, até logo, “eu te amo” e tudo o mais que desejarmos sinceramente para nós mesmos, procurando sempre não esquecer de nada. É o que desejo para mim mesma e para cada um de vocês. Obrigada e até logo!
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